A Construção Civil é o segmento do mercado que registra maior nível de acidentes de trabalho no Brasil. Isso acontece por N motivos, mas dentre os principais posso citar: negligência dos responsáveis pela obra e a falta de cuidado, de uso adequado dos equipamentos e de atenção dos trabalhadores.
E, com esta triste informação, mas realista, ainda entramos em outros dados alarmantes, como: o setor é líder em acidentes que causam incapacidade permanente e possui a maior taxa de mortes por acidente de trabalho. Estas são as informações que a ANAMT nos traz.
Nesse momento é que precisamos parar e refletir: como todos esses índices altíssimos impactam a produtividade e, principalmente, a vida do trabalhador da Construção Civil? E como lutar contra estas estatísticas assustadoras?
A falta de segurança encontrada na construção civil causa:
· Índice alto de mortes;
· Índice alto de colaboradores com algum tipo de incapacidade permanente;
· Número absurdo de acidentes;
· Dias perdidos de trabalho;
· Trauma em trabalhadores que presenciaram algum acidente;
· Custos com substituição de mão-de-obra;
· Custos com multas;
· Custos com trabalhadores acidentados;
· Perda da produtividade;
· Atraso na entrega de obras.
Já conhecemos as principais causas dos acidentes: negligência e descuido. Certo. Agora, como ir contra os dois principais causadores de acidentes e de mortes?
Indo até a raiz causadora do problema.
O que gera a negligência, falta de EPCs e EPIs para colaboradores, falta de planos de emergência e de segurança e atenção a todas as pautas das NRs é um fator triste, porém gritante: o desejo de economizar na obra.
Mas basta observar grandes potências do mercado da construção civil: elas investem em segurança do trabalhador, cumprem rigorosamente o que estipula as NRs e seguem faturando múltiplos dígitos.
Por que isso?
Simples. A segurança do trabalhador reduz o índice de absenteísmo, o custo com substituição de pessoal e encargos gerados em decorrência do acidente.
E ainda vai além. Essas empresas motivam o trabalhador a produzir mais e são muito mais valorizadas e bem vistas pela sociedade, em geral, o que valoriza mais ainda suas obras e a sua marca.
E com o descuido dos trabalhadores? Como lidar? Como conscientizar?
A instituição de uma CIPA, além de ser obrigatório, é um dos meios mais eficazes para conscientizar colaboradores e identificar riscos no ambiente da construção.
É pela CIPA que os trabalhadores irão tomar consciência sobre o uso obrigatório e importante dos EPIs e EPCS, como ter mais atenção, como zelar por suas vidas e pelas vidas de seus colegas de trabalho.
É também através das reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que o colaborador toma consciência das graves consequências de não usar os equipamentos corretamente e tem acesso a capacitações e treinamentos para agir em casos de emergência.
Instaurar um programa consistente e eficiente de segurança do trabalhador é o mínimo que uma empresa do setor da construção civil precisa entregar em suas obras.
Obras que não fornecem o mínimo de segurança aos trabalhadores tem causado perdas irreparáveis no setor da construção civil, impactando a produtividade, a economia e a saúde do trabalhador em todo o Brasil. Os índices provam isso.
E, para finalizar, digo que: Antes de nos preocuparmos com cifras, precisamos nos preocupar com VIDAS.
Você tem algum relato de acidente em obras que gerenciou/trabalhou? Como você agiu na situação? Qual impacto você acredita que estes acidentes tem direta e indiretamente nas obras? Vamos trocar ideias sobre o mercado por aqui.
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