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  • Foto do escritorPriscila Lemes Marques

Como a falta de segurança afeta a construção civil no Brasil?

A Construção Civil é o segmento do mercado que registra maior nível de acidentes de trabalho no Brasil. Isso acontece por N motivos, mas dentre os principais posso citar: negligência dos responsáveis pela obra e a falta de cuidado, de uso adequado dos equipamentos e de atenção dos trabalhadores.

E, com esta triste informação, mas realista, ainda entramos em outros dados alarmantes, como: o setor é líder em acidentes que causam incapacidade permanente e possui a maior taxa de mortes por acidente de trabalho. Estas são as informações que a ANAMT nos traz.


Homem desesperado. Créditos: Pexels
Homem desesperado. Créditos: Pexels

Nesse momento é que precisamos parar e refletir: como todos esses índices altíssimos impactam a produtividade e, principalmente, a vida do trabalhador da Construção Civil? E como lutar contra estas estatísticas assustadoras?

A falta de segurança encontrada na construção civil causa:

· Índice alto de mortes;

· Índice alto de colaboradores com algum tipo de incapacidade permanente;

· Número absurdo de acidentes;

· Dias perdidos de trabalho;

· Trauma em trabalhadores que presenciaram algum acidente;

· Custos com substituição de mão-de-obra;

· Custos com multas;

· Custos com trabalhadores acidentados;

· Perda da produtividade;

· Atraso na entrega de obras.

Já conhecemos as principais causas dos acidentes: negligência e descuido. Certo. Agora, como ir contra os dois principais causadores de acidentes e de mortes?

Indo até a raiz causadora do problema.

O que gera a negligência, falta de EPCs e EPIs para colaboradores, falta de planos de emergência e de segurança e atenção a todas as pautas das NRs é um fator triste, porém gritante: o desejo de economizar na obra.

Mas basta observar grandes potências do mercado da construção civil: elas investem em segurança do trabalhador, cumprem rigorosamente o que estipula as NRs e seguem faturando múltiplos dígitos.

Por que isso?

Simples. A segurança do trabalhador reduz o índice de absenteísmo, o custo com substituição de pessoal e encargos gerados em decorrência do acidente.

E ainda vai além. Essas empresas motivam o trabalhador a produzir mais e são muito mais valorizadas e bem vistas pela sociedade, em geral, o que valoriza mais ainda suas obras e a sua marca.

E com o descuido dos trabalhadores? Como lidar? Como conscientizar?

A instituição de uma CIPA, além de ser obrigatório, é um dos meios mais eficazes para conscientizar colaboradores e identificar riscos no ambiente da construção.

É pela CIPA que os trabalhadores irão tomar consciência sobre o uso obrigatório e importante dos EPIs e EPCS, como ter mais atenção, como zelar por suas vidas e pelas vidas de seus colegas de trabalho.

É também através das reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que o colaborador toma consciência das graves consequências de não usar os equipamentos corretamente e tem acesso a capacitações e treinamentos para agir em casos de emergência.

Instaurar um programa consistente e eficiente de segurança do trabalhador é o mínimo que uma empresa do setor da construção civil precisa entregar em suas obras.

Obras que não fornecem o mínimo de segurança aos trabalhadores tem causado perdas irreparáveis no setor da construção civil, impactando a produtividade, a economia e a saúde do trabalhador em todo o Brasil. Os índices provam isso.

E, para finalizar, digo que: Antes de nos preocuparmos com cifras, precisamos nos preocupar com VIDAS.

Você tem algum relato de acidente em obras que gerenciou/trabalhou? Como você agiu na situação? Qual impacto você acredita que estes acidentes tem direta e indiretamente nas obras? Vamos trocar ideias sobre o mercado por aqui.

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